quarta-feira, 9 de janeiro de 2013

Veja quais são os bairros mais caros e baratos de SP e RJ




Valor do metro quadrado varia de R$ 1.100 a mais de R$ 18 mil nas capitais; confira no infográfico as regiões mais e menos valorizadas


A distância entre o Jardim Umarizal e o Itaim Bibi, ambos na zona sul de São Paulo, não é maior que 12 km. Mas, enquanto no primeiro bairro o metro quadrado de um imóvel custa por volta de R$ 3.400, no segundo ele se aproxima de R$ 9 mil. No Rio de Janeiro, a discrepância é ainda maior. O valor pode ir de R$ 1.100 em Anchieta (na zona norte) aos inacreditáveis R$ 18.332 cobrados no Leblon. Veja, no infográfico abaixo, quais são as dez regiões mais caras e mais baratas das duas capitais, segundo o índice FipeZap, calculado pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômica (Fipe) a partir do preço de cerca de 150 mil unidades selecionadas entre os anúncios do site Zap Imóveis.  



Nos bairros mais nobres do Rio e de São Paulo, houve forte valorização no preço dos imóveis nos últimos anos. "Foi uma alta significativa, explicada por vários fatores, como a melhora na renda da população e a subida no custo dos insumos, que são os terrenos, os materiais de construção, a mão de obra e outros", diz Celso Petrucci, economista-chefe do Secovi-SP, o sindicato da habitação da capital paulista. "Mas a principal explicação está na demanda: os imóveis custam mais porque tem gente que paga. Nós não criamos um mercado virtual, ele responde às necessidades da cidade", 



Quem trabalha na área afirma que essa valorização começou a desacelerar nos últimos meses, mas deve continuar ocorrendo – e, principalmente, nos bairros já mais caros. "Os preços podem estar se aproximando do equilíbrio", diz Simone Santos, diretora da imobiliária Herzog, de São Paulo. "Mas a região da Faria Lima, epicentro do mercado imobiliário da cidade, será a última a sentir esse esfriamento, porque a demanda realmente é muito alta", diz. 



"No Rio, os obstáculos naturais limitam as áreas onde se pode construir nos bairros nobres, elevando os preços", lembra Petrucci. "Há um ano e meio, foi lançado um prédio no Leblon no qual o preço do metro quadrado ia de R$ 30 mil a R$ 50 mil e teve fila para comprar. Se lançassem um igual hoje, tenho certeza que o preço seria ainda mais alto", afirma o economista.



Nas áreas mais baratas das capitais, os especialistas também esperam que os próximos anos sejam de valorização. "Se eu pudesse dar um conselho, diria que a região de Itaquera vai se valorizar, por conta de todos os investimentos que serão feitos em metrô e vias, devido à Copa do Mundo", afirma Petrucci, citando um bairro que aparece na lista dos mais baratos de São Paulo (R$ 3.349 o metro quadrado). "Também devem começar a surgir prédios empresariais nessas regiões, até como alternativa para quem não pode pagar o preço dos bairros mais centrais", completa Simone.

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